Adaptação de uma nova ração para os cães

A Escolha da Ração.

Escolher uma ração de qualidade que atenda as necessidades de seu pet é muito importante, além de gerar uma maior longevidade promove uma maior saúde e qualidade de vida. Diferente de nós, os animais não estão acostumados a receber uma alimentação variada, portanto a apresentação de uma nova ração em sua alimentação deve ser feita de forma gradual para não gerar alterações como mudança nas fezes, diarreia, vômito ou a recusa da nova ração.

Adaptação

O plano de adaptação deve ser feito no período de uma semana e feito da seguinte forma: no primeiro e segundo dias ofertar ¾ ou 75% da ração antiga e ¼ ou 25% da nova ração. No terceiro e quarto dia, ofertar metade da ração antiga e metade da ração nova. Já no quinto e sexto dia, ofertar 1/4 ou 25% da ração antiga e ¾ ou 75% da ração nova e no sétimo dia ofertar a nova ração somente. Ao ofertar estas duas rações na adaptação, você deve misturá-las bem para que seu pet não selecione uma ou outra ração.
Outro ponto importante na adaptação da ração de seu pet é o período que você o alimenta, pois como nós, os animais também possuem uma rotina e ao alimentá-los em horários fixos melhora sua alimentação e adaptação juntamente com a diminuição de seu estresse.

 

Créditos: Paulo de Carvalho

Quando e como desmamar um filhote?

Quando os filhotes nascem, à primeira coisa que eles procuram são as tetas da mãe, e eles fazem isso instintivamente, caso algum filhote não mame rapidamente é importante ajudá-lo a encontrar a teta da mãe, pois as primeiras mamadas são de extrema importância para o filhote, pois é através dela que ele irá receber a primeira imunidade (essa imunidade não descarta a necessidade de vacinas).

O Leite Materno.

Um fator muito importante para o crescimento saudável do filhote é o leite materno, sendo assim a fêmea precisa de uma ração nutritiva e balanceada, para que possa além de nutrir seus filhotes, estar igualmente saudável e nutrida.

Para todos os mamíferos, o leite materno é o único alimento até certa idade (dependendo da espécie). Ele é rico em nutrientes fundamentais para o desenvolvimento do filhote, além de nutrir ele também hidrata, já que o filhote ainda não tem a capacidade de beber água sozinho.

Quando os filhotes devem iniciar na ração?

Entre 20 e 35 dias de vida, os filhotes já têm dentes e já estão andando. Nessa fase é possível observar que alguns filhotes demonstram interesses pela ração que é oferecida a mãe, também é neste periodo que a mãe começa a sentir certo desconforto ao amamentar, pois os dentinhos começam a machucar suas tetas podendo causar até feridas , por isso a mãe deve ficar sempre em observação.

É neste momento que devemos oferecer ração aos filhotes, devendo essa ser de boa qualidade e apropriada para eles, pois essa ração será a responsável pela saúde do filhote até atingir a idade adulta. Vale lembrar que essa troca alimentar deve ser gradativa, ou seja, oferecer ração e ainda manter os filhotes mamando.

Por volta dos 30 a 35 dias, a produção de leite da mãe começa a diminuir, e é neste periodo que começamos a oferecer somente ração aos filhotes, podendo misturar com água morna para facilitar a ingestão e que deve ser hidratada cada vez menos para estimular os filhotes a mastigar. É importante não desmamar todos os filhotes de uma vez, a fim de evitar dor e inflamação nas tetas da mãe, pois ela ainda estará produzindo leite.

Sendo assim, o momento ideal para começar o desmame de um filhote, seja de cão ou de gato é entre os 30 a 35 dias de vida, oferecendo ração adequada para filhotes e não tirando todos os filhotes de uma vez, a fim de prezar pelo bem-estar da mãe.

 

Créditos: Diego Assis

Podemos dar alimento de cães para gatos?

Hoje em dia cães e gatos são membros da família, dividem o mesmo espaço, o carinho da família e até o alimento, havendo uma disputa pela atenção do seu dono, mesmo a ração do seu amiguinho não sendo tão apetitosa.
Muitos donos de gatos ficam na dúvida se deve ou não dar a ração, do seu cão para o gato, se o alimento do seu cão fara algum mal ao seu bichano. Importante sabermos que cada espécie de animal há uma exigência nutricional, sendo assim, o gato precisa comer alguns nutrientes que o cão não precisa, assim os pesquisadores quando vão formular uma ração, colocam tudo que seu animal precisa de acordo com a necessidade da espécie.

A ração do cão pode intoxicar o gato?

A ração do cão não irá causar um quadro de intoxicação no seu bichano, porém se você substituir a ração especifica do gato, pela ração do cão, em um longo período de tempo, as necessidades de proteínas exigidas pelos gatos irão faltar, causando vários problemas de saúde. Gatos que tem o hábito de se alimentar de ração para cães, podem acabar sofrendo malefícios a saúde, de forma irreversível, devido à ausência de aminoácidos, como a taurina, que é um aminoácido essencial para a vida dos felinos, a deficiência desse nutriente, pode causar problemas cardíacos e de visão, deficiência do sistema imune, problemas reprodutivos e falha no desenvolvimento fetal.

Os felinos são carnívoros obrigatórios, sendo da natureza dos gatos alimentar-se de presas vivas e através delas, conseguindo obter toda a taurina que seu organismo necessita. Ao cozinhar a carne para oferecer aos nossos bichanos, o processo de cozimento, destrói a taurina, por isso esse aminoácido é adicionado na ração no processo de fabricação de ração para gatos.

Como fazer para o gato não comer a ração do cão?

Os gatos têm o comportamento de comer várias vezes em pequenas porções durante todo o dia, dessa forma seus donos acabam deixando a vontade a sua ração, já que os cães na maioria das vezes comem duas a três vezes durante todo o dia. Ao ter essas duas espécies no mesmo ambiente, devemos se adaptar com o comportamento de cada um, uma alternativa é oferecer alimento do seu cão, deve se esperar para que ele se alimente, assim observando se o gato não irá até o alimento do cão, terminando de se alimentar retira-se os potes e ofereça no outro momento da próxima refeição do cão, outra opção é colocar em um ambiente em que o seu gatinho não tenha acesso.
Todos estes cuidados podem evitar o consumo pelo gato da ração de cão e evitar que ele fique comendo alimentos que não suprem suas necessidades nutricionais.

 

Créditos: Vanessa Galdioli

Nutrição dos cãezinhos recém-nascidos

A Nutrição

Quando se trata da nutrição de filhotes de cães, a atenção maior neste momento é a alimentação das cadelas prenhes e as que estão amamentando. As cadelas prenhes, devem receber quantidades nutricionais diárias, junto a uma balanceada dieta, suprindo suas necessidades fisiológicas, dos filhotes durante a gestação e com especial foco no terço final da gestação.
Sempre bom lembrar, que os bebês após nascimento, na primeira semana de vida mamam a cada duas horas e os intervalos das mamadas, dormem. A cadela por sua vez, passa o dia cuidando dos bebes, higienizando para estimular seus reflexos e estimulando a urinar e defecar. Quando a cadela está em bom estado nutricional, e boa saúde, os bebês serão nutridos somente pelo leite da mãe, num período de 3 a 4 semanas, não havendo necessidade de fazer suplementos.

Energia

O filhote canino não utiliza a lactose como fonte de energia no período neonatal e, sim, a gordura do leite.
Portanto, o leite de cadelas apresenta alta porcentagem de gorduras e não deve ser substituído pelo leite de vaca, o qual contém grande quantidade de lactose e é considerado pobre em gordura e outras proteínas. A exigência energética diária dos neonatos é de aproximadamente 20 a 26 kcal/100 g de peso corporal. A maioria dos substitutos comerciais do leite apresentam 1 kcal/mL. Porém, a capacidade máxima do estômago de neonatos é em torno de 4 mL/100 g de peso corporal. Desta forma, com base nessas informações, é possível estimar as exigências diárias e frequência da alimentação.

 

Fragilidade

Com a crescente valorização afetiva e financeira dos animais de companhia, tem sido observado aumento na procura por conhecimento especializado em neonatologia, uma vez que no período neonatal, a fragilidade é evidente. Desta forma, o manejo adequado e os cuidados com a cadela e os filhotes, é a principal medida de prevenção dos problemas neonatais. Quando se descobre um problema, alguma enfermidade no filhote, quando se tem um acompanhamento direto da ninhada e do desenvolvimento dos bebes, permite rápida intervenção e um aumento da taxa de sobrevivência.

 

Créditos: Paulo Sorgi